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CONHEÇA AS HABILIDADES QUE SÃO AFETADAS PELO DPAC/TPAC

O Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC) – veja aqui porque o termo Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) foi substituído por TPAC - está relacionado a dificuldades no processamento perceptivo da informação auditiva no sistema nervoso central, que afetam o desempenho de uma ou mais habilidades auditivas, gerando falhas na compreensão da mensagem sonora recebida.

As habilidades auditivas são responsáveis por um conjunto de processos que vão da detecção à interpretação das informações sonoras. Governadas pelos centros auditivos do tronco cerebral e do cérebro, são elas que nos permitem uma comunicação eficiente para que consigamos prestar atenção, discriminar, organizar, associar, integrar e armazenar o que ouvimos, para então compreendermos o significado das mensagens corretamente.

Qual o papel das habilidades auditivas em nossa comunicação?

São as habilidades auditivas que nos permitem:

  • Concentrar em um determinado estímulo sonoro, ignorando o ruído de fundo, como em um espaço de trabalho coletivo ou na sala de aula

  • Saber a direção de um som, como quando ouvimos uma buzina ao atravessar a rua

  • Perceber a diferença entre os sons falados em palavras semelhantes, como “tia” e “dia”

  • Conseguir, a partir de uma informação incompleta, completar subjetivamente a mensagem, como quando ouvimos apenas parte da palavra e, assim mesmo, compreendemos o que foi dito

  • Compreender frases com duplo sentido

  • Seguir uma sequência, organizar e recordar aquilo que ouvimos

  • Aprender um novo idioma

  • Perceber a intenção comunicativa pelo tom da voz, como quando em uma conversa telefônica, perguntamos a alguém se está tudo bem, e pela entonação da voz de nosso interlocutor, sabemos se está mesmo tudo bem, ou não

Quais são as habilidades que podem ser afetadas pelo TPAC/DPAC?

As habilidades auditivas podem ser agrupadas em cinco áreas gerais: atenção, discriminação, associação, integração e organização. Quando há alteração no processamento auditivo central, as principais habilidades afetadas são:

Localização sonora: capacidade que o cérebro tem de localizar a direção de onde vem determinado som. Esta é uma habilidade necessária em diversos momentos de nossa rotina, como na sala de aula, quando o professor começa a explicar uma matéria e precisamos direcionar nossa atenção, ou para manter o foco de atenção em uma pessoa, quando há outros estímulos sonoros no ambiente.

Resolução temporal: percepção de variações do som em uma pequena amostra de tempo. Essas variações podem envolver mudanças na intensidade, frequência e duração dos estímulos. É uma habilidade que nos permite perceber as diferenças entre os sons produzidos a partir de movimentos parecidos, mas que diferenciam sílabas e palavras como “pato” e “bato” ou variações de ênfases, como sílabas tônicas ou terminações interrogativas, afirmativas e exclamativas.

Fechamento auditivo: nos ajuda a entender o que foi dito quando a qualidade do som não é muito boa, quando o som é distorcido ou completar informações que estão faltando dentro de um contexto. Precisamos dessa habilidade em situações como a escola, quando o professor explica a matéria e você se distrai perdendo uma palavra e precisa voltar a prestar atenção no que foi dito, e até mesmo para conseguir compreender uma pessoa que está gripada ou com a voz rouca.

Figura-Fundo: é a habilidade necessária para que possamos compreender a comunicação quando o ambiente está ruidoso. Por exemplo, quando você está ouvindo uma música e um amigo está falando ao mesmo tempo ou na escola, quando o professor está falando e ao redor existem sons competitivos vindos do corredor ou da rua, por exemplo. Nessas situações o cérebro precisa ser capaz de selecionar a informação que julgamos mais importante.

O que fazer quando as habilidades auditivas estão alteradas?

Quando uma pessoa apresenta alteração no processamento auditivo central ela pode apresentar alguns sinais característicos. Clique aqui, para saber quais são os sinais do transtorno do processamento auditivo central.

A boa notícia é que as habilidades auditivas podem ser aprimoradas com treinamento e há diversas maneiras de estimulá-las. Para que o treinamento seja eficiente, o ideal é que as atividades selecionadas façam parte do cotidiano e do contexto em que o paciente está inserido. Quanto mais engajado ele estiver, melhores serão os resultados.

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