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A FONOTERAPIA EM 2020: APRENDIZADOS DA PANDEMIA

Profissionais de todas as áreas se viram diante de um grande dilema em 2020: como dar continuidade às atividades profissionais diante das medidas de isolamento social criadas para combater a COVID 19? A pandemia, causada pelo novo coronavírus, alterou estruturas de trabalho, de ensino, de convivência e nos apresentou um novo modo de viver em sociedade.

O impacto na economia foi grande. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Sebrae, menos de dois meses após o início da pandemia 600 mil pequenas e microempresas fecharam suas portas, deixando 9 milhões de desempregados.

A maior parte das escolas, públicas e particulares, passaram a oferecer aulas online. As empresas e escritórios se adaptaram ao home office, aquelas que não puderam dispensar seus funcionários criaram medidas de proteção para diminuir os riscos de contaminação, assim como os profissionais da saúde, da linha de frente ou não do combate à COVID 19, que continuaram atuando com protocolos rígidos de proteção.

Os fonoaudiólogos que atuam em instituições, clínicas e consultórios também precisaram se reinventar. A fonoterapia em 2020 ganhou a tela de computadores, entrou na casa dos pacientes e suas famílias e transformou a teleconsulta em realidade.

O Conselho Federal de Fonoaudiologia agiu rapidamente, com uma Recomendação Especial que autorizou a teleconsulta para garantir que os cuidados de saúde fossem mantidos, como vimos em Como a tecnologia pode ajudar o tratamento do DPAC/TPAC, e a partir daí a tecnologia passou a desempenhar papel essencial para fonoterapia em tempos de pandemia. Recentemente, o Conselho publicou as Diretrizes de Boas Práticas em Telefonoaudiologia, um documento precioso para todo fonoaudiólogo que trabalhe com teleconsulta.

Aprender a lidar com as plataformas de atendimento, remanejar a agenda, reformular estratégias terapêuticas, se aproximar ainda mais dos pacientes e suas famílias foram apenas umas das ações implementadas pelos fonoaudiólogos. A flexibilidade e adaptabilidade tornaram-se característica essenciais neste processo. Como afirma uma matéria publicada recentemente no jornal O Estado de São Paulo, que trouxe resultados de um estudo que apontou as 21 profissões do futuro, muitas delas ligadas à tecnologia. No entanto, o que mais chama atenção é o fato de que independentemente da carreira, a flexibilidade deve ser cultivada como principal qualidade para se manter no mercado de trabalho em constante evolução. Outra especialista destacou que além da flexibilidade, a adaptabilidade também é imprescindível neste processo.

Durante a cerimônia de abertura do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia 2020, pela primeira vez realizado de forma totalmente online, o presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Leonardo Lopes, enfatizou que a pandemia deu aos fonoaudiólogos força, criatividade e resiliência. Em um ano marcado por tantas mudanças, o que temos visto é uma profunda motivação de profissionais que, de fato, estão se reinventando e trazendo um novo frescor à profissão. Esse movimento certamente contribuirá para uma fonoterapia de qualidade, com comprometimento e resultados ainda melhores a quem mais nos interessa, os pacientes.

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