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FONOTERAPIA EM IDADE ESCOLAR: 7 DICAS PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Manter crianças e adolescentes engajados no processo terapêutico pode representar um desafio para alguns profissionais da área de saúde, em especial para os fonoaudiólogos. Justamente porque o paciente vem para a terapia para estimular as áreas nas quais ele apresenta dificuldades. Se as tarefas, além de desafiadoras para a criança, forem repetitivas, poderão desestimular ainda mais os pacientes, fazendo com que o processo terapêutico se torne mais lento que o planejado.


Mas será que existe algum segredo para tornar a terapia fonoaudiológica atrativa e divertida para os pequenos?


Pesquisas científicas comprovaram que a diversão influencia positivamente no aprendizado de novas tarefas, porque a dopamina, hormônio da felicidade, estimula os centros de memória do cérebro, melhorando a capacidade de atenção. E tudo que precisamos em um processo terapêutico é dos pacientes motivados e atentos, não é mesmo? Assim, o aprendizado de novas habilidades será consolidado com mais facilidade.


Então, basta investir em diversão para o sucesso da fonoterapia?


Não exatamente. Além de aliar a diversão ao processo terapêutico, é importante que o fonoaudiólogo utilize métodos adequados à cada faixa etária, e que considere a individualidade de cada paciente. Como cada um reúne características próprias, o que funciona com uma criança, pode não funcionar com outra.


Pensando nessa equação, nem sempre simples de ser resolvida, separamos sete dicas que poderão ajudá-lo em sua prática clínica com pacientes crianças e adolescentes.


1. Invista no vínculo com o paciente

Quando o paciente consegue formar um bom vínculo com o terapeuta, aceitará as intervenções propostas com mais facilidade. Invista na formação do vínculo já primeiras sessões. Aproxime-se da criança, descubra quais são suas preferências, o que gosta de fazer, mostre-se aberto e responda às perguntas dela. Converse com a criança na linguagem dela e sobre assuntos que ela tenha interesse.


2. Mantenha a família por perto

Quando nosso paciente é uma criança ou adolescente, a família exerce papel fundamental no processo terapêutico, pois tem potencial para ser um agente multiplicador do que é feito em terapia. Afinal, são os pais e cuidadores que irão ajudar o paciente a praticar, no dia a dia, o que aprendeu na terapia. Para isso, é importante que as famílias sejam próximas, participando ativamente desde o início, além de terem suas ações reconhecidas pelo terapeuta. Uma pesquisa constatou que isso nem sempre acontece: os pais ouvidos demonstraram pouco conhecimento sobre a terapia fonoaudiológica dos filhos. Considerando que nossos pacientes estão na maior parte do tempo acompanhados de seus familiares, quanto mais engajados e conscientes do processo terapêutico, melhores serão os resultados. Então vale a pena investir na comunicação com os pais, pois muitos deles não engajam por falta de conhecimento do que está sendo estimulado na sessão, bem como por não saber a real importância deles no processo terapêutico.


3. Seja criativo

Alguns pacientes passam muito tempo em terapia e podem se cansar dos exercícios e atividades feitas de forma repetitiva. Assim, quanto mais criativo for o profissional, mais prazerosas serão as sessões. Há uma grande variedade de materiais disponíveis no mercado, mas não é necessário ter tudo, basta adaptar o mesmo recurso para diferentes usos e faixas etárias. Na plataforma do Afinando o Cérebro, por exemplo, um mesmo jogo pode ser utilizado para diversas finalidades.


4. Ofereça alternativas, deixe a criança escolher

Ao preparar a terapia, selecione duas ou três atividades diferentes, que contemplem o mesmo objetivo a ser trabalhado, e dê ao paciente o direito de escolher. Deste modo, você estará incentivando a autonomia da criança e valorizando suas iniciativas.


5. Uma novidade a cada sessão

Torne a sua sessão cativante para a criança, oferecendo novidades a cada encontro. Não é necessário ter um armário cheio de brinquedos ou muitos materiais disponíveis, basta utilizar a criatividade, como já falamos acima, adaptando materiais, fazendo um jogo de forma diferente e, principalmente mostrando para o paciente algo novo que tenha conquistado na sessão, valorizando seu progresso e o motivando a manter a rotina de treino. Você já experimentou fazer a correlação de uma atividade da terapia com o ganho que o paciente terá em algo que ele gosta de fazer? Por exemplo, explicar que a habilidade que vocês estão desenvolvendo irá ajudá-lo a ter mais foco no futebol.


6. Adapte atividades ao contexto de vida da criança

Para que o treino realizado em terapia e fora dele seja motivador, é importante que esteja inserido no contexto da vida da criança. Por isso, o processo de vinculação é tão importante, pois quanto mais se sabe sobre o paciente, mais fácil será propor atividades que o estimulem dentro e fora da terapia. Se a preferência é por super-heróis, que tal montar uma trilha com este tema para que possa jogar no consultório, ou em casa, com a família? Se o paciente gosta de jogar, que tal propor uma competição utilizando os jogos do Afinando o Cérebro, que dão a possibilidade de visualizar o ranking de jogadas no site, enquanto treina as habilidades auditivas?


7. Ajuste o nível de dificuldade e dê feedback

Se as atividades propostas forem muito difíceis, o paciente poderá se sentir desestimulado e desistir. Calibre o nível de dificuldade, começando sempre por uma atividade mais simples, que ele consiga realizar, partindo na sequência para as mais complexas e sempre dê feedback. Conte a ele se as tentativas foram acertadas ou não, no que é necessário melhorar, quanto já evoluiu, mostrando o que mudou desde o início da fonoterapia. Se a criança ou adolescente consegue visualizar seus erros e, principalmente, seus acertos, terá mais disposição e um maior engajamento. Ajude a criança a se perceber: ela é capaz de dizer o que fez que gerou um bom resultado e, com o passar das sessões, poderá sugerir quais as estratégias precisa modificar para se sair bem em uma atividade que ainda não estava tendo um bom desempenho.


Esperamos que essas dicas possam ajudá-lo em sua prática clínica. E você, quer nos contar como é sua atuação com crianças e adolescentes? Escreva nos comentários!


Para conhecer as diversas opções de atividades disponíveis no Afinando o Cérebro, clique aqui.

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