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Descubra o impacto da perda auditiva no envelhecimento

O envelhecimento é um processo natural da vida que traz consigo uma série de mudanças, e uma delas é a perda auditiva. Muitas vezes subestimada, a perda auditiva não tratada pode ter impactos significativos no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas. As estatísticas mostram porque é importante olhar para este tema. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estimam que mais de 5% da população mundial, ou seja, cerca de 466 milhões de pessoas, têm algum grau de perda auditiva e a previsão é que até 2050, mais de 900 milhões de pessoas em todo o mundo terão algum tipo de dificuldade na audição.A capacidade auditiva pode diminuir devido a uma variedade de fatores, desde o envelhecimento natural, incluindo exposição prolongada a ruídos altos e condições de saúde. Embora seja comum entre os idosos, as ramificações da perda auditiva vão além da simples dificuldade em ouvir, contribuindo para o isolamento social e depressão. À medida que a audição diminui, as interações sociais se tornam desafiadoras, resultando em menor participação em atividades sociais e sensação de solidão.


Além disso, a perda auditiva tem sido associada a um maior risco de declínio cognitivo e demência em idades mais avançadas. A sobrecarga cognitiva resultante de esforços constantes para compreender as conversas pode contribuir para o comprometimento das funções cerebrais ao longo do tempo. A cognição, um processo mental essencial para a aquisição, compreensão e armazenamento do conhecimento por meio dos sentidos e experiências, é composta por habilidades mentais conhecidas como funções cognitivas. Essas funções são essenciais para realizar desde as tarefas mais simples do dia a dia até as mais complexas.


Quando um idoso começa a apresentar dificuldades para memorizar, aprender novas habilidades ou tomar decisões que afetem a sua vida, ele pode estar diante de um quadro de comprometimento cognitivo que pode levar, por exemplo, a uma demência, com impacto em sua saúde geral e bem-estar. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados todos os anos. Você pode estar se perguntando qual a relação disso com a perda auditiva. A cognição e a audição estão interligadas, pois as funções neurocognitivas são fundamentais para a compreensão da fala, especialmente nas situações de competição sonora. De acordo com resultados do Global Burden of Disease de 2016, a perda auditiva se tornou a terceira principal causa de deficiência relacionada ao envelhecimento. 


A presbiacusia, perda auditiva relacionada à idade, é o tipo mais comum entre os idosos, com sintomas iniciais que podem incluir dificuldade para detectar sons agudos, interferindo na compreensão em ambientes ruidosos. Contudo, como a dificuldade nem sempre vai aparecer em um ambiente silencioso, seu reconhecimento pode ser demorado, dificultando a busca por ajuda. Um estudo recente, publicado em 2023, analisou a associação entre autopercepção auditiva e comprometimento cognitivo em 4.977 idosos brasileiros. Entre os participantes, 31,8% relataram audição regular ou ruim e 42% apresentaram comprometimento cognitivo. Ou seja, os idosos que percebem dificuldades na própria audição apresentaram maior associação com comprometimento cognitivo em comparação com aqueles que não relataram queixas auditivas. 


A boa notícia é que existem diversos tratamentos para a perda auditiva capazes de facilitar a comunicação e, consequentemente, preservar a saúde mental e cognitiva. Portanto, é importante buscar ajuda profissional logo que surgirem os primeiros sintomas. Reconhecer a importância de cuidar tanto da audição quanto da mente é fundamental para envelhecer de maneira saudável e plena.


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