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  • Foto do escritorAfinando o Cérebro

Desenvolvimento da Comunicação no Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo ainda apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Os primeiros sinais do TEA surgem na infância, geralmente nos primeiros cinco anos de vida da criança e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta.


Na infância, crianças diagnosticadas com TEA apresentam dificuldades para se comunicar e interagir com outras pessoas e habilidades de linguagem limitadas. A fala, por exemplo, pode sofrer atraso em seu desenvolvimento e dificultar o processo de comunicação.


O atraso do desenvolvimento da fala por si só não caracteriza TEA, no entanto, questões relacionadas à comunicação podem ser indicadores importantes de que é necessário buscar avaliação e intervenção terapêutica, como nas situações em que a criança não responde aos pais ou cuidadores, não aponta para objetos ou pessoas, apresenta desenvolvimento mais lento de linguagem, traz ecolalias na fala – repetição de palavras ou frases, além do uso de palavras isoladas ou fora de contexto.


Algumas crianças com TEA, no entanto, podem desenvolver um vocabulário rico e falar sobre assuntos específicos e do interesse delas, com muitos detalhes. Outras, podem ter dificuldade em compreender linguagem corporal, variações do tom de voz e até mesmo o ritmo da fala.


No desenvolvimento típico, desde cedo as crianças aprendem habilidades para entender o que as pessoas falam, por meio da linguagem receptiva, aprendem a se expressar por palavras ou gestos, por meio da linguagem expressiva e, além de tudo isso, adquirem a capacidade de aplicar essas habilidades aprendidas socialmente na comunicação com o os outros. Para as crianças com TEA, por exemplo, pode ser muito difícil manter contato visual, essencial para o processo de troca comunicativa.


Diante das dificuldades para compreender e das tentativas sem sucesso de expressar sentimentos, pensamentos e necessidades, crianças com TEA podem se mostrar frustradas e demonstrar isso por meio do comportamento. Por isso, o acompanhamento terapêutico é tão importante para as crianças com TEA. A partir do diagnóstico feito pelo médico, as crianças são encaminhadas para um atendimento multidisciplinar incluindo profissionais da Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Psicopedagogia entre outros.


Com um tratamento adequado, as crianças com TEA serão capazes de desenvolver habilidades comunicativas e atingir seu potencial. Existem diversas abordagens de atuação terapêutica para estimulação das habilidades de comunicação no TEA. Independentemente da que for escolhida, a melhor opção é sempre iniciar a intervenção o quanto antes, aproveitando as janelas de desenvolvimento infantil. Pais, cuidadores e a escola são extremamente importantes nesse processo, ajudando as crianças a conquistarem suas metas e desenvolverem a linguagem. Mesmo que a criança não desenvolva a fala, poderá aprender a se comunicar por outros meios, como uso de gestos ou sistema de símbolos e imagens, por exemplo. O essencial é que tenham condição de transmitir ao mundo o que pensam, pois toda criança diagnosticada com TEA têm direito à comunicação.


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